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terça-feira, 28 de junho de 2016

Formação Histórica da Língua Portuguesa - Ativ. II

1. Sobre a história de periodizações da língua portuguesa, há diversas propostas em torno do tempo cronológico. Isso porque é impossível precisá-las cronologicamente. Há, no entanto, uma consonância nesses estudos no que respeita às fases delimitadas dentro da história que consistem em três fases. Cite cada uma dessas fases e aponte as obras ou autores representantes de cada uma delas. (9,0 pontos)
FASE
OBRAS E/OU AUTORES
Primeira (1532 a 1654)
Carta escrita por Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal relatando o descobrimento da nova terra;
Poema Compaixão da Virgem na Morte do Filho, escrito pelo Padre José de Anchieta.
Segunda (1654 a 1808)
Prosopopéia, de Bento Teixeira; Gregório de Matos;
Sermão da sexagésima, de Pe. Antonio Vieira.
Terceira (Iniciou em 1808)
Guarani de José de Alencar, Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães, Espumas Flutuantes de Castro Alves, Primeiros Cantos de Gonçalves Dias.
Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo, Junqueira Freire e Teixeira e Souza.


2. Mattos e Silva (2006, p. 250) assevera que “a história de uma língua se esclarece pela história social e política do povo que usa essa língua”. Nesse sentido, por que não se pode isolar os fatos históricos da língua dos fatos políticos e dos sociais? (8,0 pontos)
     Porque alguns estudiosos da história da língua portuguesa apontam muitos desacordos cronológicos nessa divisão de fatos. Então, para que haja uma melhor compreensão dos fenômenos linguísticos, podemos ressaltar os fatos mais relevantes de cada período com o propósito de ordenar as principais evoluções linguísticas de cada fase.

3. Mattos e Silva (1991) destaca que o nascimento do português arcaico coincide com a história da escrita da língua portuguesa. Quais os marcos iniciais do português arcaico? (8,0 pontos)
     Testamento de Afonso II, de 1214, e a Notícia do Torto, escrita entre 1214-1216.



REFERÊNCIAS:





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Literatura e Cultura Indigena Afro-Brasileira - Ativ. Compl. II

1. A leitura do artigo “O Negro na Literatura Brasileira”, de Eduardo de Assis Duarte, propicia a evidência de um percurso crítico necessário para a presença do negro na literatura brasileira. Em linhas gerais expostas no artigo, como o negro apresenta-se na literatura brasileira como tema e como voz autoral? (10 pontos)
Primeiramente o autor do artigo afirma que o negro está presente na literatura muito mais como tema do que como voz autoral. Toma como causas algumas evidências, tais como o passado de escravidão e preconceito.
Como tema ou integrante do corpo de personagens de uma obra, os negros raramente se destacavam no percorrer das histórias. Se era protagonista, assumia quase sempre o papel de vilão.
Nas primícias da literatura de autoria afrodescendente, vemos que estes não esqueciam de evidenciar o penar do “seu povo” e, por vezes, mencionar em seus escritos experiências e testemunhos reais próprios ou de alguns casos que se tornaram conhecidos.




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Formação Histórica da Língua Portuguesa - Ativ I

1. Sabe-se que a língua portuguesa deriva do latim vulgar. No entanto, essa derivação não se deu de forma natural como, por exemplo, por um simples contato entre línguas, mas devido a invasão e dominação dos romanos aos povos hispânicos. Nesse sentido, leia o item 1.1 do livro da disciplina e diga em qual século ocorreu a invasão dos romanos na Península Ibérica? (6,0 pontos).
Século II antes de Cristo.

2. É pontual destacar que as circunstâncias históricas, nas quais se formou e desenvolveu-se a língua portuguesa, estão indissociavelmente relacionadas a fatos que constituem a história geral da Península Ibérica. Por outro lado, no entanto, a história geral peninsular é bastante confusa antes da conquista romana, sobretudo, no que respeita saber quais povos nela habitavam. Coutinho (1976) discorre sobre os povos que habitavam na Península àquela época. Apresente em forma de esquema os postulados do referido autor sobre a população peninsular. (6,0 pontos)
POVOS
ORIGINOU
Cântabro-pirenaico
Basco
Mediterrâneo
Íbero

3. Na passagem do latim para o galego-português, aquele passou por evoluções fonéticas, morfológicas e sintáticas. Segundo Teyssier (1997), cronologicamente, é só a partir do término do período imperial que o latim conhece as evoluções fonéticas. Nesse sentido, aponte as principais mudanças fonéticas, morfológicas e sintáticas, quando da passagem do latim para o galego-português. Vale ressaltar que como não podemos separar morfologia de sintaxe, sobremodo quando se trata do latim, as evoluções evidenciadas na morfologia se fazem refletir na sintaxe. (13 pontos).
Perda de oposições de quantidade sofridas pelo latim imperial em relação ao latim clássico, que se resumem na Tabela 1 a seguir:




Essa tabela mostra que o latim clássico possuía cinco timbres vocálicos, pois havia uma vogal breve indicada pelo sinal ¢ (bráquia) e uma vogal longa indicada pelo sinal (mácron) para cada timbre, perfazendo um total de dez fonemas.
A partir do século VII, com o desaparecimento da quantidade, a distinção entre as vogais passou a ser percebida através da intensidade.
À evolução do vocalismo tônico são acrescentadas, ainda, as alterações que os ditongos æ e oe, assim referidas por Teyssier (1997), sofreram ao passarem de uma modalidade a outra, resultando em vogais simples com timbres distintos, tais como descrevem os exemplos cæcum > port. cêgo e foedum > port. feo, hoje feio. O sistema vocálico tônico do latim imperial passa, então, a ser constituído por sete vogais, resultantes das modificações fonéticas sofridas pelas dez vogais e pelos dois ditongos do latim clássico.
Vê-se, então, que, nessa passagem do latim clássico para o latim imperial, as quatro vogais médias permaneceram não se distinguindo todas pela duração, mas pela diferença de abertura representada por /e/ e /e/ e /o/ e /o/; todavia, quando em posição átona, e e o o passaram a ser pronunciadas, respectivamente, como e e o fechadas e como ê e o abertos.
O sistema das vogais orais tônicas em galego-português medieval permaneceu o mesmo do latim imperial, com sete vogais (TEYSSIER, 1997, p. 30).



Ex.: /i/: aqui, amigo; /e/: verde, vez; /ê/: perde dez; /a/: mar, levado: /o/: pôs, boca; /o/: pós, porta; /u/ : tu
Todavia, quando essas vogais se encontram em posição pretônica, as oposições de timbre, entre /e/ e /ê/, de um lado, e entre /o/ e /o/, do outro, neutralizam-se em favor das vogais de timbre fechado, reduzindo o sistema de sete para cinco fonemas
(TEYSSIER, 1997, p. 31).



As consoantes simples:
• Dos grupos ci, ce e gi, ge, em que as consoantes c e g,antes articuladas como oclusivas(quilha, queda, guizo e guerra), assimilaram o ponto de articulação das vogais i e e, isto é, zona palatal, tornando a pronúncia palatalizada como: [kyi], [kye] e [gyi], [gye], em que,[kyi], [kye] passaram a ser pronunciados [tši], [tše] e depois a [tsi], [tse] como em: ciuitatem > port. cidade; centum > port. cento, retraindo-se a cem. Já para os grupos gi, ge o resultado do processo de palatalização será primeiro um yod puro e simples [y], que desaparece em posição intervocálica como em: regina > port. rainha, frigidum > port. frio. Porém, quando em posição inicial, este yod passa [d•], como por exemplo: gente (cujo g representa na Idade Média a fricativa [d•]). Portanto, em galego-português medieval os grupos gi, ge e ju eram, pronunciados como [d•i], [d•e] e [d•u];
• Dos grupos fonéticos [ty], [dy], [ly] e [ny] palatalizam-se em [tsy] e [dzy], [lh] e [nh];
• Do yod proveniente de i e e em hiato e depois de –ss-, esta consoante passou a [š]; ex.: russem > roxo;
• da queda do l e n quando seguidos de um yod passaram a [lh] e [nh]; ex.: filium > port. filho, seniore > port. senhor.
Estes processos de palatalização tiveram como resultado o surgimento de seis novos fonemas no galego-português medieval: /ts/, hoje /s/, como em cidade; /dz/, hoje /z/, como prezar; /d•/, hoje /•/, como em gente, hoje, vejo; /š/ sem modificação no português moderno, como roxo; /lh/ sem modificação no português moderno, como filho; /nh/ sem modificação no português moderno, como senhor, tenho.
Os grupos consonantais românicos -cl-, -fl-, -pl-, quando precedidos de consoantes modificaram-se para –ch-. E, quando este mesmo grupo mais –bl- e –gl-, está precedido de vogal, modificam-se para lh.
Modificações na Morfologia e Sintaxe:
• A declinação latina sofre uma severa redução desaparecendo muitos dos seus casos, apenas, sobrevivem as formas oriundas do acusativo: singular e plural;
• O trio genérico do latim - masculino, feminino e neutro - reduz-se a dois com o desaparecimento do neutro;
• As quatro formas pronominais illum, illam, illos, illas modfificam-se para lo, la, los, las, como consequência da aférese sofrida pelo seu emprego proclítico;
• As relações sintáticas expressas pelas desinências casuais latinas passam a ser expressas pelas preposições ou pela própria colocação da palavra na frase;

• A morfologia verbal sofre uma considerável simplificação.




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sábado, 25 de junho de 2016

Principais Normas da ABNT

Postagem cópia:




Estrutura do trabalho
Capa: deve conter o nome da instituição, curso, autor, título do trabalho, cidade e ano.
Folha de rosto: apresenta nome do autor, título, cidade e ano e uma breve nota descritiva, que deve conter o objetivo do trabalho e o nome do orientador.
Dedicatória/agradecimentos: espaço no qual o autor presta homenagens e faz agradecimentos.
Resumo: é um texto, de 150 a 500 palavras, que sintetiza em um único parágrafo as ideias do trabalho.
Sumário: serve para apresentar as enumerações das páginas e as respectivas seções do trabalho. O alinhamento é à esquerda, sem recuo.
Introdução: deve conter os temas que serão tratados no trabalho, além da justificativa e do objetivo do TCC.
Desenvolvimento: a principal parte do trabalho, que deve conter a exposição do assunto tratado de forma detalhada e completa.
Conclusão: é a finalização do trabalho, onde o autor recapitula o assunto e fala um pouco sobre os resultados.

Regras de formatação
Não sabe como formatar o trabalho de conclusão de curso? Então acompanhe a seguir as principais regras de formatação do TCC:
Numeração da página: a contagem começa na folha de rosto, mas só aparece a partir da introdução. Os algoritmos devem aparecer sempre no canto superior direito, a 2 cm da borda.
Margens: a superior e a esquerda devem ter 3cm de distância da borda. Já a inferior e a direita devem apresentar margem de 2cm.
Títulos: é importante que sejam escritos no tamanho 12 (sugestão de fontes: Arial ou Times New Roman).
Texto: o texto do TCC deve ser escrito com as letras no tamanho 12 e espaçamento de 1,5 entre as linhas.
Notas de rodapé: letras com tamanho menores que 12 e espaçamento simples.
Citações
Veja como fazer citações no seu TCC corretamente:
Direta: traz o sobrenome do autor em caixa alta, o ano de publicação e a página da citação.  Esta informação deve estar entre parênteses e separada por vírgulas. Se a citação tem menos de três linhas, então ela é feita no corpo do texto, contando com aspas duplas. Quando a citação tem mais de três linhas, ela deve ter um recuo de 4 cm com relação ao restante do texto, sem destaque de aspas.
Indireta: é uma citação feita dentro do próprio texto, só que deve conter sobrenome do autor e ano de publicação entre parênteses.
Para obter informações mais detalhadas, de acordo com a necessidade da sua citação, leia a NBR 6023: 2002 e NBR 10522: 1988.
Referências:
Livro: sobrenome do autor em caixa alta, nome do autor, título em negrito, edição, cidade, editora e ano de publicação.
Exemplo: PELCZAR JUNIOR, J. M. Microbiologia: conceitos e aplicações. 2. ed. São Paulo: Makron Books,. 1996.
Site: sobrenome do autor, nome do autor, título do texto, ano, link e data de acesso.
Exemplo: MORETTI, Isabella. “Regras da ABNT para TCC: conheça as principais normas”. 2014. Disponível em: <http://viacarreira.com/regras-da-abnt-para-tcc-conheca-principais-normas>. Acesso em: 04/01/2016.
Coloque em prática as Regras da ABNT para TCC e garanta o sucesso do seu trabalho de conclusão de curso.

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